quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Amor Imperfeito

Quem nunca teve problemas amorosas?
Certamente, todo mundo já passou por uma situação dessas...
Rolos que nunca são solucionados, namoros difíceis de se terminar, amores incorrespondidos e imperfeitos... Qualquer que seja a situação, há sempre um pequeno probleminha assim, bem difícil de solucionar.
Eu mesma já passei por uma situação dessas: costumava ficar com um garoto que nunca me dava muita trégua. Durante muito tempo, mantive-me nessa situação insuportável: ele só me via quando ele queria, era um amor de pessoa quando estava comigo, mas quando ia embora sumia por um longo tempo e só retornava bem depois. Quando eu fialmente resolvi procurá-lo para conversarmos sobre tal situação, acabei tendo uma surpresa um tanto que desagradável... Mas que afinal não era tanta surpresa assim: ele dizia que sumia daquela forma porque não queria compromissos. E eu acreditei durante muito tempo numa história ilusóra. A verdade me doeu, ainda mais quando eu soube que ele tinha uma estranha meta a cumprir de beijar 100 garotas em um ano (!).
Nunca fui de criar metas na minha vida. Até porque acredito que quando uma pessoa cria muitas metas acaba ficando presa na tarefa de cumpri-las e de não aproveitar certas situações. Acho que cada um tem o direito de viver a vida da forma que achar melhor, sem se preocupar com o que as pessoas vão dizer. Quando conversei com ele a respeito disso, expus muito bem a minha opinião: achava isso uma tremenda infantilidade, ainda mais vinda de um rapaz de 18 anos (se ele tivesse uns 14 ou 15 seria até mais aceitável...). Porém, ele pouco se importou com a minha opinião. Acho que ele estava certo em não dar a mínima pra isso porque, como eu disse, cada um tem que viver da forma que acha melhor. Mas de fato, o que ele me falou, ficou martelando durante muito tempo na minha cabeça. Minhas amigas me diziam que era impossível ele não ter sentido nada em relação a mim durante todo esse "relacionamento". Eu ficava me culpando por ter sido tão idiota em acreditar nas palavras de um garoto medíocre... Chorei de raiva, massacrei o computador (porque foi tudo dito de forma cibernética, o que é pior), gritei sozinha em casa e fiz minhas amigas ficarem loucas com o meu ataque repentino.
Depois de tudo isso, encontrei-o numa festa. Cumprimentamo-nos normalmente, e eu até conversei com ele com muito mais candura do que antes. Falei que eu tinha que aceitar que era isso o que ele queria. E tudo ficou por aí...
Mas foi inevitável não ter dado um surto aquele dia. Não comi nada durante o dia inteiro e fiquei bebendo pra tentar esquecer os meus problemas e, principalmentem, esquecer que ele estava ali. Minha pressão baixou e eu desmaiei. E adivinha só quem me socorreu...
Por conta disso, passei a noite toda me acusando sobre as besteiras que eu havia feito. Era a festa de aniversário de uma amiga que eu não via há muito tempo e, ao invés de aprveitar aquele momento, eu simplesmente deixei-o passar com um surto irritante.
Depois disso, resolvi que queria dar um ponto final em toda essa história. Comecei a fazer de tudo para esquecê-lo e a tratar com indiferença todas as lembranças que eu tinha dele. Queria deixar pra trás um infantil daqueles...
Durante muito tempo, foi difícil. Lembrava-me dele toda hora e sentia uma imensa vontade de chorar, coisa que eu controlei muito devido ao meu orgulho. Mas, depois de um tempo, essa estranha dor foi passando. Acabei me esquecendo (mas não completamente) dele. Comecei a sair muito mais com as minha amigas, a me divertir em qualquer lugar que fosse. Tive uma gincana pra participar (a qual foi um sucesso aqui no condomínio), danças no colégio e peça de teatro. Me divertia como nunca. Comecei inclusive a sentir atração por outros rapazes, coisas que há muito tempo eu desconhecia por ter focado somente naquele "loiro" de 1,80m. Um, em particular, chamou-me a atenção, com um par reluzente de olhos verdes e cabelos cacheados. Só fui beijá-lo depois de muito tempo na enrolação mas, digo que de certa forma, valeu a pena. Por mais que a situação foi um tanto, hum, inusitada...
Por quê inusitada? Eu explico: o loirinho delícia lá voltou atrás com a decisão do "curtir a vida adoidado" dele. Me pediu desculpas por tudo o que ele havia feito, reconheceu que ele tinha sido um idiota comigo e tudo o mais. Conversamos pessoalmente, eu aceitei o pedido de desculpas dele e a gente voltou a se encontrar, dessa vez numa situação mais séria. Meus pais viraram a cara para mim. Afinal de contas, nenhum dos dois queria me ver sofrendo outra vez por causa disso... Tomei minha decisão e segui em frente.
Porém, nada foi como antes. Era uma relação estranha, um amor imperfeito. Acho que não basta apenas gostar da pessoa para aceitar algumas situações. Tem que amá-la. E amar sempre foi uma palavra que me causou pânico...
Comecei a ficar confusa a respeito de tudo. Lembrei-me daqueles outros olhos verdes e uma sensação de pavor me acometeu. Tive, finalmente, a oportunidade de beijá-lo. E, como eu mesma disse, não desperdicei a chance. Lembro-me de cada detalhe: das conversas que antecederam o fato, do nervosismo que me acometeu ( e olha que geralmente eu não fico nervosa), de quando ele me chamou pra perto dele, da língua deslizando pra dentro da minha boca com um piercing que até então nunca tinha sentido. Subi para o meu apartamento completamente desnorteada, sem saber o que eu queria.
A gota d'água em relação ao loirinho (mais uma vez), foi quando ele começou a desaparecer outra vez da minha vida. Em um sábado, inclusive, eu o avistei perto de casa, num shoppinho onde as pessoas costumam se reunir para conversar, tomar um chope e tudo o mais. Tenho certeza absoluta que, apesar de estar bem perto da minha casa, ele não faria a mínima menção de me chamar. Quando nos vimos, ele ficou com uma cara de tacho, do tipo: por essa eu não esperava. Cumprimentamo-nos de longe e falamos bem pouco. Ele disse que me ligaria. Mas não ligou.
Eis aqui a questão: cansei de viver com angustias e decepções desnecessárias. Cansei de esperar pelo duvidoso, de criar expectativas por uma coisa que eu não sei se realmente dará certo. Gosto, sim, dele. Mas não o suficiente.
Prefiro uma amizade legal do que siplesmente estar com uma pessoa gostando mais ou menos dela. Resolvi colocar um ponto final na história: terminei tudo o que não começamos pela internet mesmo, afinal é o único meio que ele sabe exatamente como se comunicar.
E quanto a mim, vou continuar vivendo a vida normalmente. Tive o apoio fenomenal dos meus amigos e da minha família a respeito disso. Minha mãe deu aquele ombro amigo do qual eu sei que preciso pra sempre. E até meu pai chamou-me para conversar, numa deliciosa prosa no qual ele dizia que "uma garota linda e inteligente como eu não poderia dar trela pra um zé roela como ele" e tantas outras coisas. Certamente, ouvir meu pai falar deixa qualquer pessoa absurdamente tímida ou confiante. Nessa situação, ele me fez acreditar em mim mesma e estar 100% confiante.
Foi deixar a vida fluir, aproveitar cada momento e amadurecer, é claro.
Afinal de contas, ninguém quer levar até o final da vida a dor e a delícia de um amor imperfeito.



E eu nunca estive tão feliz e segura de mim mesma!

domingo, 17 de agosto de 2008

Mulheres.

Mulheres...
O perfume de seus cabelos são como o perfume das flores.
A delicadeza de suas mãos são como as asas de uma borboleta.
E suas alegrias são tão contagiantes que fazem cantar o bem-te-vi.

Sociedade, machismo...
Enfrentando barreiras, lutando contra preconceitos.
Secam lágrimas que queimam com sua tristeza e dor
E querem voar tão livres quanto um beija-flor.
O vento sempre insiste em voltar para tocar na delicadeza de seu rosto
E seus olhos provocam sensações indescritíveis nos homens que insistem em olhá-las.
Seus beijos são inesquecíveis, e seus abraços tão cheios de conforto que os fazem querer ficar para sempre.

E em todas as questões em mente, uma se faz essencial:
Seriam as mulheres todas iguais?
As mulheres que adoram salto alto seriam iguais as que gostam de sentir seus pés tocando no chão?
As mulheres que maqueiam-se e perfumam-se seriam iguais aquelas que preferem sua beleza ao natural?
As que amam carros seriam iguais as que preferem caminhar?
As que adoram o conforto dos braços masculinos seriam iguais aquelas que preferem a delicadeza de um corpo igual ao seu?

Últimos seres a serem criados, tornaram-se tão especiais...
Impossível imaginar um universo alegre sem sua presença.
O sol brilha mais forte com seus sorrisos.
E a luz em seus ventres faz com que a humanidade permaneça crescendo onde está.

Precisa-se de sua contagiante alegria.
Precisa-se de seu delicado perfume.
Precisa-se de seu ventre e de seu amor, porque em sua ausência nada estaria completo.

Porque anjos existem. E chamam-se mulheres.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Conclusões na sala de aula.

Estava eu hoje em mais uma crise simultânea de "Não vou assistir aula" e de repente tive uma surpresa...
Estávamos tendo que aturar uma aula cansativa de Literatura (em pensar que expressionismo cai no vestibular me dá uma ânsia por não ter prestado atenção na aula, enfim). Eu estava de saco cheio de ter que ficar sentada na cadeira tendo que ouvir aquela mulher falar. Ainda mais porque por duas vezes ela me fez levar uma suspensão (por um motivo muito idiota!), então já viu né... Ela começou um discurso sobre a Mostra Cultural que teremos no final do ano e deu uma série de sugestões para trabalhos. E uma dessas sugestões era a de justamente falar sobre a mulher. Aí foi inevitável: parei pra realmente prestar atenção no que ela tinha pra nos dizer. E confesso que me senti bem tocada pelo que ela falou.
Essa pequena professora (não mede mais que 1,53m) pegou uma licença maternidade logo no começo do ano. Sim, aquele pitoco de gente estava pra ganhar neném, embora sua barriga de quase sete meses aparentasse não mais que cinco. Então foi substituída durante cinco meses por uma outra jovem professora de 24 anos, recém formada em letras pela PUC. Lembro-me do terror que foi nessa escola. Tinha vezes que a mulher descia com escolta de outros professores pra conseguir escapar do assédio de certos alunos. Era linda! Tinha uma pele impecável, olhos cor de mel e uns traços que lembravam em tudo os da Aline Morais. Agora, imagina uma professora dessas dando aula num colégio particular abarrotado de adolescentes babões. Acredito que se eles pudessem criar um fã clube para a garota, certamente o fariam. Que mal lhe diga, mas dava até pra maluca procurar emprego como coelhinha da Playboy. Ia ganhar uma nota preta! (mais tarde, descobriríamos que ela possui vários ensaios, hum, sensuais espalhados pela internet. Sorte que não deu "bafão".) Era até bem irritante a forma como aquela garota dava aula: mexia nos cabelos e dava aquela jogadinha de modelo, fazia questão de estar o tempo todo sorrindo, até mesmo pra dar broncas... Apelidamos a coitada de Leandra Leal (internas de colégio que eu prefiro nem comentar...)
Depois que essa mulher saiu de lá, aquela pequena professora voltou. Sua aparência excepcionalmente saudável, e não aquela raquítica que era quando começou a dar aulas pra gente. E é a partir daí que eu retomo o foco do post lá do comecinho.
Dando essas sugestões, ela deu algumas cutucadas e falou do importante papel da mulher na sociedade.
Pra todos os homens machistas do mundo, vale a cutucada: o que seriam de vocês sem as mulheres? A resposta é curta e rápida: NADA!
Mulheres possuem o dom da maternidade. Somos nós que temos que nos cuidar durante nove meses na espera do nascimento de um pequeno, fruto do nosso ventre. Somos nós que sofremos dores, contrações e ansiedade na hora de dar a luz a uma criança. Somos nós que exercemos esse importante papel. Todos os seres humanos existentes, um dia, estiveram na barriga de uma mulher. E foi somente por causa dela que esses seres existem.
E eu confesso que fiquei extremamente tocada com tudo o que ela disse. O desabafo sobre a responsabilidade de ser mãe, a alegria de olhar para o próprio filho (no caso dela, FILHA!) e dizer que aquele lindo ser é seu próprio fruto... Não há nada no mundo que possa explicar esses sentimentos.
E ela ainda deu uma série de exemplos: em como nós somos as maiores "vítimas" dessa sociedade de consumo. Em como nós queremos atingir a perfeição com aquela divina vaidade que nos faz comprar produtos pra cabelos, roupas, maquiagem e acessórios caríssimos para nos sentirmos bonitas. Quantas de nós não entramos nessa do "sistema capitalista de consumo" para nos sentirmos mais felizes com a nossa aparência? E eis aqui a questão.
Os padrões exigidos pela sociedade hoje em dia são: mulheres altas, magras e esbeltas. Mas peraí, desde quando isso é um exemplo a ser seguido por todas as mulheres do mundo. Já imaginou que sem graça seria o mundo se todas as mulheres se encaixassem nesse mesmíssimo perfil. Existem mulheres pra todos os gostos: as magras, as gordas, as gostosas, as de estatura mediana, as altas, as baixinhas, as ruivas, as morenas, as loiras, as negras... E todas elas tem sua beleza, no seu contexto individual. Cada uma possui um tempero que as tornam tão especiais. E por conta desse padrão exigido pela sociedade (no qual não se deve ter estrias, celulites e pequenas imperfeições para possuir um corpo bonito) muitas mulheres renunciam ao seu dom universal: o de ter filhos. Como a minha professora mesmo disse: há tantas mulheres que se preocupam de forma absurda com a aparência que querem se privar desse dom com medo de que isso provoque falhas em sua forma física. E eu me pergunto: isso é uma coisa boa?
"Toda rotina têm sua beleza". "Toda mulher têm sua beleza".
Confesso que eu mesma já quis me enquadrar nesse perfil.
De tanto me infernizarem (olheiros malditos) acabei procurando por uma agência de modelos. Entrei, gastei uma nota por um book para ser aproveitado em eventuais trabalhos e iniciei um curso. Só que a realidade é bem dura: existem mulheres extremamente altas tentando usufruir disso pra seguir uma carreira. Umas, inclusive, pareciam caveiras ambulantes. Eu queria me enquadrar de qualquer jeito nesse perfil: procurei uma série de esportes e exercícios de alongamentos pra poder crescer, entrei numa dieta rigorosa pra conseguir emagrecer (muitas vezes, chegava a não comer)... E só depois eu vi que poderia ter colocado a minha saúde em risco. Mas a verdade é essa: ninguém será como a Gisele Bündchen ou como a Alessandra Ambrósio. E uma conclusão que podemos tirar disso é: GRAÇAS A DEUS!! Pensou que sem graça seria se todas fossem como elas?
Com isso, vendo o sacrilégio de tantas garotas, acabei desistindo disso. Muitas esforçam-se o máximo pra poder conseguir trabalhar e acabam pondo a própria saúde em risco por um trabalho, que ás vezes exige muito esforço e pouquíssimo dinheiro. Na verdade, foi bom pra eu ter uma base legal do conhecimento de televisão e tudo o mais. Afinal de contas, o maior sonho da minha vida é seguir numa carreira de atriz. Tanto que eu estou procurando por alguns cursos e trabalhos que se enquadrem no quesito "interpretação". E sabe de uma coisa? Nunca estive tão feliz na procura de algo que eu realmente queira fazer.
Sim, eu desisti de crescer até 1,80m. E sim, eu desisti de ser magrela. Afinal de contas, ser curvilínea é tudo de bom. E eu estou muuuuito feliz nos meus 1,63m. Me olho no espelho e não exigo uma beleza que não posso ter. Mas valorizo muito a minha, que foi um dos melhores presentes que eu ganhei. E recomendo pra todas fazerem exatamente a mesma coisa: mesmo sendo gorda, magra ou qualquer coisa, valorizem o que vocês tem de melhor. Todo mundo tem o direito de ter essa deliciosa vaidade, afinal de contas quem não gosta de se arrumar e gastar uma fortuna fazendo compras? Valorizem-se, sejam felizes com o que vocês têm de melhor.
E não se esqueçam: a humanidade só persiste porque existem mulheres para fazê-las permanecer por aqui.


OBS: A minha professora, que agora e fez ter vontade de assistir a todas as aulas dela, nos pediu que fizéssemos uma dissertação ou um poema ou o que for que fale sobre a mulher. Vou fazer a minha tarefa e postar o resultado no próximo post aqui. Prometo!

domingo, 10 de agosto de 2008

A grande cidade de São Paulo.

Faz um longo tempo que eu tenho procurado por alguns programas que saíssem completamente da rotina de shopping, cinema e McDonald's. Algo que não fosse incuído numa repetitiva rotina.
Várias vezes, procurei por pessoas que estivessem dispostas a fazer esses programas diferentes, que estivessem dispostas a respirar novas ares e conhecer as belezas que essa grande cidade pode proporcionar. Afinal de contas: viver numa cidade a beira-mar pode parecer maravilhoso, de certa forma. Mas nada como viver numa cidade grande, onde todos os lugares são mais acessíveis e podemos escolher entre fazer programas culturais e simplesmente se divertir em determinadas baladas. Mas há muito tempo, eu entrei nessa rotina devastadora: quando queria passear com alguém, era inevitável as pessoas pensarem numa tarde de shopping com os amigos, gastando dinheiro com fast food e entrando em inúmeras lojas caras, esperimentando roupas que todos sabemos que a mesada do papai não cobre... E que seria necessário levá-los ao shopping para uma tarde de compras. Ou então o bom e velho cinema, onde assistimos aos filmes elogiados pela crítica em cartaz, levamos inúmeros amigos pra fazer guerra de pipoca dentro da sala e, hum, onde casalzinhos se pegam naquele escurinho gostoso. Mas é óbvio né: todos os lugares do mundo, se visitados com tamanha freqüência (eu ia no shopping praticamente todos os finais de semana) vira rotina. E uma rotina assim ninguém gosta... (porque venhamos e convenhamos, shopping em excesso, com aquele bando de gente andando pra lá e pra cá vira uma chatice!). Fazia um tempo que eu precisava sair pra lugares diferentes e experimentar outros ares da cidade de São Paulo em programas urbanos. O problema era: nem todas as pessoas que eu conhecia estavam dispostas a ir. Cheguei a combinar de sair com algumas amigas minhas, mas sempre acontecia algum bolo: uma nãp podia ir porque o pai não deixava, outra não tinha grana. Enfim...
Depois de um tempo, acabei encontrando uma pessoa que tinha o perfil bem parecido com o meu: adorava a cidade, era fã de programas diferentes e estava cansada dos rotineiros shoppings. Se eu fosse me perguntar sobre essa garota há uns três anos atrás, eu ficaria surpresa de saber que um dia me tornaria tão próxima dela, e que ela se tornaria uma companheira de rolês. Ela já tinha namorado um rapaz de quem eu gostava, isso quando eu ainda tinha 12 anos. Quando ela começou a sair com o cara, eu me senti no completo direito de abominar a pobre garota, sendo que ela nada tinha a ver com os meus problemas. Eu tinha até adicionado ela no msn pra falar algumas abobrinhas, no meu ataque repentino de garota problemática. Mas como sempre, o tiro saiu pela culatra: descobri vários pontos em comum com a garota, em relação a música, filmes e tantas outras coisas. Conversar com ela se tornou uma rotina gostosa.
Depois de um tempo, a amizade com ela só cresceu. Tivemos algumas crises sobre assuntos que envolviam garotos (conselho para as meninas: nunca briguem com amigas por causa de garotos), mas depois...
E foi com ela que eu peguei um gosto ainda maior pela cidade. Fui ver uma exposição na Av, Paulista e me impressionei: são tantos lugares que a cidade possui. Lugares bacanas que merecem uma visita, mas que os paulistanos, por conta da costumeira rotina, acabam não visitando. Até agora, foram lojinhas, palestras e exposição. Mas eu recomendo pra todo mundo: se joguem em qualquer avenida cultural da cidade e aproveitem! Ela tem muito mais lugares para fornecer. Coisas que cinema e shoppings não podem cubrir, porque são do patrimônio exclusivo da cidade. Até mesmo o Museu do Ipiranga merece uma visita... Pode parecer uma coisa cem chata, mas pelo menos temos um grande museu pra chamar de nosso (quantas cidades possuem um bem desses?)
Mesmo debaixo de chuva e frio (que foi o caso de ontem da palestra de Relações Públicas da Cásper Líbero que nós fomos assistir, com direito a uma esticadinha pra Fnac ali de perto), vale a pena visitar os lugares mais legais da cidade...
Agora eu posso colocar aqui alguns dos lugares que eu acho que os paulistanos deveriam visitar pelo menos uma vez na vida:

1- Prédio do Banespa no centro da cidade.
Lembro-me claramente desse passeio que eu fiz com alguns estudantes do colégio. O prédio é extremamente alto, dá pra ver grande parte da cidade lá de cima. A vista é realmente maravilhosa e, se tiverem sorte, ainda dá pra sentir alguns helicópteros e aviões passando pertinho de você. Um conselho: não subam comendo nada e nem mascando chiclete: o vento é tão forte que acaba levando tudo embora.

2- Museu do Ipiranga.
Não foi um dos melhores passeios que eu fiz, mas recomendo porque tem muita gente que adora. Aquele museu era na verdade par ser um palácio, então quando você entra se sente um verdadeiro membro da família real. Tem uma escadaria bárbara lá, com pinturas de várias pessoas que ajudaram na independência na parede acima da escaria. Além disso, dá pra ver vários objetos e artefatos usados pela família real. E é bem curioso ver como as pessoas se vestiam nos tempos antigos. O destaque, é claro, vai pro quadro "Independência ou Morte", pintado por Pedro Américo que fica em uma das salas do museu.

3- Pátio do Colégio.
Nada como parar no lugar e ver onde tudo começou.

4- Catedral da Sé.
Tem uma arquitetura divina. É lindo! Da até vontade de chorar. Principalmente com algusn detalhes góticos inlcluídos ali.

5- Museu da Língua Portuguesa.
Achei o maior barato... Dá pra conhecer a origem da língua, a origem de algumas palavras do nosso vocabulário e ainda ouvir o sotaque diferente de cada região do país.

6- Masp.
Ocorrem várias exposições por lá. Sempre tem uma que vale a pena dar uma conferida.

7- Bares e restaurantes.
Têm um de restaurantes de comidas exóticas e típicas da cidade que sempre valem a pena dar uma conferida. O preço de alguns pode parecer salgado, mas sempre vale a pena, né? Ainda não entrei pro circuito gastronômico da cidade, mas já recebi várias sugestões. E é sempre bom né... Fora os bares. Estou pra ir em um de gelo da Vila Mariana, se eu não me engano. Quando eu for eu passo a experiência aqui no post.

8- Teatros.
É a minha paixão... Adoro fazer teatro tanto quanto assistir a peças. E acho que o melhor de tudo são os musicais. "My Fair Lady" era tudo de bom e "O Fantasma da Ópera" me emocionou bastante. As produções são magníficas. O bom mesmo é assitir aos do Teatro Abril, a nossa Broadway paulistana. Tá passando "Miss Saigon" no momento, que já recebeu muitos elogios da crítica e me inspirou a dar uma conferida.


Breve, novas sugestões.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Fazer da vida um grande carnaval.

Andei pensando muito a respeito dessa frase antes de adotá-la em minha vida, que aliás mudou muito nos últimos anos.
Eu nunca tinha sido um excelente exemplo de garota popular, e pego isso como modelo desde que eu era criança. Olhando para dentro da janela do jardim, ou do pré, olhava-se apenas para uma criança normal, quieta e que não possuia muitas qualidades que mereciam ser observadas. Durante muito tempo, fui a excluída do grupo. O verdadeiro patinho feio. Era evitada por grande parte das pessoas. E ai daquele que viesse perto de mim para e provocar... Não pensava duas vezes antes de descer-lhes bofetadas dignas de olho roxo e mordidades dignas de vermelhidão. E adivinha só, com tudo isso, quem era o público alvo das humilhações? AHA!
Depois de ter saído do pré, optei por ficar quieta no meu canto, sem nenhum sinal de "atentado ao pudor", ou seja, sem mordidas ou violências com aqueles que me provocassem. E eis que mudo de escola pela primeira vez e tenho que lidar com outros tipos de crises: não conseguia arrumar amigos. Os meus colegas eram falsos. Acho que ficavam perto de mim, ás vezes, por conta de interesses. Quando eu levava algum tipo de lanche diferente ou umas lembrancinhas de festas de aniversário. Hora me amavam, hora me odiavam. E foi com essa crise que eu optei por mudar de escola pela segunda vez...
Fui morar em embu guaçu, e por isso comecei a estudar em um colégio em Itapecerica da Serra (que eu sempre falava "Da Selva", mas enfim, aprendi a falar corretamentem. Hehe). Lá, eu até tinha amigos, mas era uma solidão... Sentia falta do ar da cidade grande, de voltar pra casa e ver gente mesmo, e não mato. Com isso, mudei de escola pela terceira vez...
Fui estudar numa escola do Capão Redondo. Fiz prova e tudo pra entrar, afinal a escola tinha um ensino bem requisitado. Não era todo mundo que conseguia entrar lá. E eu enterei! Lembro da minha cara de felicidade ao saber que experimentaria mais uma vez esse gosto de novidade. Era a mesma escola da minha prima, então o que poderia sair de errado? Já conhecia uma pessoa querida da família e não seria sacrifício nenhum para mim.
No começo, estranhei: caímos em classes diferentes e eu ainda não conhecia ninhguém. Por sorte, alguns alunos vinham falar comigo pra tentar me enturmar. Até aí, tudo bem... Minha prima até abria uma brecha para eu me aproximar mais dela durantes os intervalos. E das amigas dela também! Esse primeiro ano na escola até que não fora difícil: eu tinha amigos legais, por mais que brigasse com eles de vez em quando.
No ano seguinte dessa mesma escola, lidamos com um problema: a melhor amiga da minha prima havia falecido em decorrência de um acidente. Atravessava a rua enquanto vinha um caminhão... Essa fase havia sido difícil. Aliás esse ano foi conturbado: comecei a enfrentar crises com amigos mais uma vez, minha prima tornou-se agressiva e solitária, me deixando de lado e dando pouca importância pra mim nessas fases (algo totalmente aceitável, eu acho) e eu comecei a ter problemas de insônia, que me assombrava todos os dias e me impedia de tentar ao menos tirar um cohilinho sequer. Por conta disso, acabei criando uma pré-depressão. Ainda mais nessa fase em que eu vivia meu primeiro amor (sim, comecei cedo com essas coisas). Era até bonitinho, mas a minha timidez me impedia de trocar uma palavra seuquer com a pessoa.
Passando esse ano, conheci uma turma nova. Lembro da época em que a gente vivia causando nas salas de aula. Eu estava no quinto ano. Foi um dos melhores pra mim. As pessoas eram legais e, apesar das inevitáveis brigas, eu realmente gostava de todos eles. Ria muito todos os dias com as besteiras que o povo falava.
Sexta série, idem...
Agora a sétima começou m tormento fenomenal. Dei de cara com uma menina que eu já conhecia antes, mas que eu nunca pensava que fosse se aproximar da minha turma dessa vez. Dizia-se 100% sincera em tudo o que falava, mas não perdia uma boa oportunidade de alfinetar as pessoas pelas costas. E adivinha só? Como era daquelas pessoas popularzinhas de quinta e que se achava melhor do que os outros, simplesmente achou que pudesse interferir de certa forma na opinião das pessoas. Uma coisa é você concordar com as pessoas em certos pontos e respeitá-las se a opinião delas for verdadeiramente diferente da sua. Agora outra coisa é forçar a barra do "comigo ninguém pode". Fiquei muito tempo calada a respeito dessa fase, mas já que isso é um blog, um diário público da minha vida, eu defendo o meu direito de colocar a boca no trombone e defender o que eu penso: lidei com muita falsidade, com boatos e mentiras e com a inevitável crises de amigos. Como eu já era tímida, ainda conseguia me fazer mais intimidada com as coisas que circulavam ao meu redor. Eu, inclusive, gostaria muito de ser amiga dela nessa época. Não era uma pessoa extremamente inútil: gostava de música boa e tinha um bom senso de conversa. Era bonitinha e tinha um corpo bonito, o que fazia as pessoas quererem ainda mais serem amiga dela. Mas era uma escrota. Falava gritando, ainda mais alto do que umitaliano nato, porque ao contrário deles não tinha educação. Desrespeitava as pessoas, por mais bizarras e problemáticas que algumas são, não há justificativa nenhuma que possa ser dada para intimidar uma pessoa. E de certa forma, como eu bem reparava: tinha o dom de fazer com que todos os seus amigos se portassem da mesma forma que ele, sem a menor educação. Por mais que eu abobinasse tal comportamento, tive que lidar com isso porque todas as minhas amigas andavam com ela. E ainda: tinha que aturar essas crises miseráveis que algumas amigas tinham de virar a cara pra mim de repente e falar um monte de abóbrinha. Fazer o que né... Além do mais: comecei a enfrentar sérios problemas com as minhas notas nessa época. Mas tudo passou e eu tive um leve momento pra recuperar tudo e respirar um pouco.
No ano seguinte, oitava série, mais uma crise: aquele patinho continuava sendo feio. Conversava com algumas pessoas, embora soubesse que minha presença não era a mais requisitada. Meus amigos do passado se distancaram e restaram aqueles que seguiam a garotinha. Tive outra explosão nesse ano: convidei as garotas para vir na minha casa, lidei com uma falata de educação (guerrinhas de comida na mesa com meus pais presentes e tudo o mais). Não que eu seja uma pessoa extremamente chata pra bagunças, mas é o seguinte: é minha casa, tenho limites pra tudo. Não gostei das brincadeiras e me senti no direito de reclamar da situação. Resultado: viraram a cara pra mim. Todas continuaram com o mesmíssimo tipo de comportamento. E ainda mais um: de repente, todo mundo decidiu fazer barracos. Olhou torto, já queria partir pra cima. Quando eu era pequena, não podiam me provocar com aquele besteirol todo que eu já partia pra cima. Mas era uma história: afinal de contas, eu ainda era pequena, não tinha noção de nada e era sozinha. Mas querer bater nas pessoas quando se têm algum problema é outra história. Não podia nem olhar mais, era proibido. E como eu ouvi abobrinha nessa épova, viu. Com tudo isso, ainda me sentia intimidada. Não podia ser quem eu realmente era, vestir roupas que eu gostasse porque eu já era tachada de "copiar as pessoas". Olha: se fosse pra copiar alguém, copiaria pessoas que eu realmente admirasse sem nenhum problema. Mas como sempre, as pessoas sempre tiravam conclusões precipitadas a meu respeito. E eu engoli isso. Durante muito tempo me escondi. Me afastei das pessoas durante uma época para não ter esses problemas e me enfiei dentro dos livros, que sempre foram meus companheiros inseparáveis. Ainda mais quando eu enfrentava um problema.
Teve até uma fase em que as pessoas estavam naquela onda "emocore" ou derivados, em que todo mundo copiava todo mundo, fumavam e bebiam para parecerem cool e tantas outras coisas. Acho que cada um tem o direito de fazer o que quiser, mas acender um cigarro pra pagar de bad boy com aquela cara amarrada e fazendo pose, ah faça-me o favor né...
Depois de tudo isso, meus pais se cansaram. Cansaram de me ver chegando em casa acabada por causa disso, de ter problemas pra me enturmar e de ver que algumas pessoas entravam pra esses caminhos de onda bissexual e de cigarros. Proporam me mudar de escola. Curti tanto a idéia de mudar depois de tanto tempo que resolvi procurar uma. Até estressei meis pais por conta dessa procura desesperadora. Mas encontrei. Em Santo Amaro.
E foi aí que a frase do título entrou na minha vida. Finalmente pude respirar de verdade. Encontrei amigos verdadeiros, pude ser quem eu realmente sou sem medo de ser feliz. Todos são excepcionais, especialmente duas. A gente forma um trio inseparável. E não importa o que aconteça, sei que posso contar com essas duas até debaixo da terra. São irmãs. Uma tem a personalidade e o gênio parecidos com os meus, com aquela opinião extremamente difícil de dobrar, sabe... Mas que ao mesmo tempo, sabe conversar, ser divertida e, principalmente, ser amiga. A outra é um verdadeiro anjo que caiu do céu: nunca vi de mau humor, suas tristezas duram pouco. Tem o espírito de uma criança, tão alegre e inocente que contagia todos que estão ao redor. Sempre feliz e disposta pra vida. Foi com elas que pude conhecer o verdadeiro valor de uma amizade. O fato de poder sair pra vários lugares, usar as roupas que eu gosto, marcar reuniões em casas assistindo filmes e falando bobagens. E não é só esse inseperável trio que é essencial. Todos os outros amigos. Acordo mais disposta do que nunca para ir para a escola. Gargalho todos os dias.
Acho que isso é o mais importante. Depois de tanto tempo eu descobri o que é isso. Poder falar sem ser repreendida, e principalmente poder ser quem eu sou. E o mais importante te tudo: ter sido aceita com todos os meus defeitos. Palavras não podem descrever o valor deles pra mim. Pode-se ter tudo no mundo, mas o que isso significa sem amigos?
Minha vida nunca esteve tão parecida com um carnaval.


"Ser feliz, feliz!" Hoje em dia, esse é o meu principal lema.








OBS: Me sinto no direito de dizer que a pessoa puxou uma tia da família e escreve tanto quanto fala. Ainda mais depois de um post desse tamanho... haha

Confissões de uma mente perigosa...

Prostrada na frente de um computador, com um zilhão de pensamentos em mente e, ao mesmo tempo, olhando por uma série de planos para uma futura universidade. Confesso que há muito tempo eu não pensava mais nisso. Estava com a cabeça farta de tantos estudos e planos para o futuro, até que inevitalvelmente retomei todos eles, mesmo que ainda (ou somente, não sei, depende do ponto de vista) falte 1 ano e meio para eu me formar.
É estranho parar pra pensar na vida numa situação como essas, em que a fase que você vive gira em torno de diversão e maluquices com amigos, sem sequer pensar em compromissos com coisa alguma. E foi exatamente nessa tarde chuvosa que eu comecei a correr atrás de um prejuízo até então desconhecido.
São vários planos para viagens, programas culturais, faculdade e tantos outros.
E o que há de perigo nisso?
Incertezas.
Incertezas de que esse rumo seria exatamente o que se desejaria tomar.
Incertezas de que tudo seria ou não passageiro.
Incertezas de tudo...
O maior perigo é realmente não saber o que se quer na vida. Não ter absolutamente nenhuma idéia do que se fazer. É aí que vem o medo de perder o foco. De não se encontrar no meio de tantas outras coisas.
De qualquer forma: é melhor eu seguir com esses planos malucos antes que eu realmente perca o foco e não saiba mais o que eu queira da vida. Até porque: farras e diversões têm seus limites, né? E eu não quero passar o resto da minha vida com teorias e planos que nunca dariam certo.
Enquanto isso, eu vou vivendo a vida né?
Porque o foco desse post, eu já perdi faz teeempo.