terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dor Invisível

E de repente, tudo se transforma.
Os lindos campos verdejantes secam.
O sol some num horizonte distante; e a Lua sequer aparece para iluminar a penumbra.
Há uma estrada escura e sinuosa, por onde caminho sem rumo algum.
E a tristeza... Ela surge em meus olhos. Seguem lágrimas salgadas, que lavam o meu rosto mas pesam em minha alma.
As lembranças permanecem, doces e dolorosas em minhas memórias.
Lembro daquilo que um dia já foi bom. Isso parece só me angustiar agora; intensamente.
E tudo parece ter se perdido.
Só ficam as dores; fortes, puras e invisíveis.
As alegrias se dissiparam, os sorrisos murcharam e a força deu lugar a uma fraqueza bruta quase impossível de suportar.
O gosto doce dos beijos lembrados tornam-se amargos.
E os abraços, um dia tão calorosos e reconfortantes, cercam-se de espinhos.
Espinhos que cresem a todo instante.
Espinhos que perfuram meu corpo.
Espinhos invisíveis que cercam o coração...

Meu coração perdido nas sombras.
Meu coração que sangra intensamente.

domingo, 13 de setembro de 2009

São Paulo Cultural

Não aguento mais shopping e cinema. Sério! Quando não se tem nenhuma ideia do que se fazer nos finais de semana, ou quando o dinheiro falta para um programa de boas casas noturnas e bares, as pessoas geralmente recorrem a esses dois programinhas comuns e repetitivos para passar o tempo.
É realmente triste porque São Paulo, sendo esse grande centro urbano e meio caótico que todos conhecemos, é rico em cultura.
Sim, cultura! E muitas vezes não sai nem um pouco caro. E as pessoas ainda assim se prendem ao famoso inferno de vitrine, muitas vezes apenas para andar sem comprar nada.
Ontem mesmo fui no Teatro de Dança no Teatro Itália conferir a montagem de Giselle, um clássico do Ballet encenado pela primeira vez em 1841, pela Cia Brasileira de Danças Clássicas.
A história da montagem é uma tragédia romântica... Mas que vale a pena ser vista por todos os prós que têm: o cenário simples mas muito bem elaborado, os figurinos foféééérrimos, a encenação por parte dos bailarinos, que trabalham perfeitamente bem com cada músculo de seus corpos, digamos assim, absurdamente elásticos.
Sempre fui fascinada pelo ballet clássico. Muitas montagens combinam a arte perfeita da dança com um teatro mudo. E ainda em se tratando de Giselle, em cartaz até o dia 20 de setembro, vale a pena não só pela perfeição da montagem (eu, particularemente, não vi nenhum defeito), mas pela economia do programa: a peça em si custa apenas 4 reais. E estudante paga meia... ¬¬'
A única coisa que literalmente ferra as pessoas é o estacionamento... 15 reais! Sai mais caro que a peça.
Agora, se tiver uma graninha sobrando, vale a pena parar na Bela Vista pra comer no Roperto. Musiquinha italiana ao vivo, ambiente agradável e comida MARA! Se forem lá, peçam o Raviolli de mussarela de búfala ao molho funghi e o talherim à putanesca. Vale a pena! =D

Pequenos feitos alardeados

Confesso que fico surpresa com a capacidade de alguns jornalistas de criar notícias insignificantes. São inúmeros os fatos noticiados em jornais e revistas que só servem para causar desconforto nos famosos e tomar um tempinho dos leitores que não tem mais nada para fazer.
De certa forma, fofocas entretêm. É até divertido ler tais fatos quando se está de bobeira. Mas, em alguns casos, era melhor que as prórpias notícias não tivessem sido escritas.
Posso citar alguns bons exemplos:
Sacha escreve errado no Twitter, Juliana Paes é flagrada com celulite na praia, Robert Pattinson vai a show de rock, Kristen Stewart leva um capote nos sets de gravação, Malu Mader é flagrada tomando sorvete, Paulinho Vilhena pegou onda ontem... Pra que que eu quero saber disso?
O que eu fico mais surpresa é que realmente existem pessoas que ficam horas lendo isso. Que se importam em saber quem tem celulite, quem tomou sorvete, que foi a um show, quem levou um tombo. Como se artistas não fossem normais o suficientes para terem um cotidiano comum.
E outra: pra que estampar corpos de mulheres bonitas e normais em fotos distorcidas apontando defeitos como celulite e derivados? Todos temos esses tipos de problemas. Ninguem está impune. Agora se alguém aparece com um mínimo de celulite ou estria possível, já vira um monstro em revistas de fofoca. E quando usam uma calça que marca mais o corpo? Estão GORDÉRRIMAS!
E mais: pobres das famosas que esquecem de elevar a postura e deixam aquela barriguinha "saliente" por causa da coluna. Já estão grávidas. Grávidas de, como diria José Simão, azeitonas. É a única justificativa né...
Sugiro que alguns jornalistas procurem fatos mais interessantes para serem noticiados ao público. "Babados cabeludos", novos trabalhos de cada artista, críticas que não procuram apenas "destruir" o trabalho de alguém, mas encontrar prós e contras para o leitor se situar com o que vai encontrar em teatros, cinemas, exposições... Além do que, existem milhões de coisas acontecendo no mundo a todo instante. Fatos relacionados à esporte, cultura em geral, política e tantos outros assuntos. Pra que alardear pequenos feitos sem importância?