quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Drogas: alucinantes e fascinantes

Eu nunca tive uma grande curiosidade de experimentar o que é proposto na rodinha de colegas. Nunca me importei com os rótulos de garota tediosa e santa que muitas vezes eu senti que as pessoas me propunham. E eis aqui eu, no frescor dos meus 15 anos de idade, totalmente perfeita, sem ter que conviver com falhas na saúde, perda de peso e nem mesmo uma mudança absurda de meu rosto. E ainda assim, tenho que conviver com pessoas que não fazem exatamente o mesmo. E nenhuma delas sabem exatamente o quanto é bom poder subir e descer escadas sem ter que conviver com um cansaço absurdo, que não é normal a uma pessoa saudável. Sempre me preocupei com mim mesma, antes de tudo. Sempre tive o orgulho de dizer que, enquanto várias pessoas bebiam excessivamente em festas e baladas, eu estava totalmente sóbria, sem ter que conviver com ressacas ou amnésias. O mais legal de tudo: eu podia dançar e curtir tudo sem estar com uma gosta sequer de álcool na cabeça. A única vez que tive um problema de abuso foi em um dos podts que publiquei abaixo. E o resultado deu no que deu...
Acho que o mais importante de tudo é ter a consciência absoluta do que está sendo feiro no próprio corpo. Não me sinto no direito de criticar quem ama beber em excessos ou fumar que nem um condenado, mas eu nunca encontrei graça nisso. Principalmente porque acho que as pessoas ficam totalmente alteradas no comportamento: quando bebem, fazem coisas que até Deus duvida, acabam tendo dores de cabeça, enjoôs e ,principalmente, enchendo o saco de pessoas que não tem absolutamente nada a ver com a bebedeira excessiva. E eu, particularmente, acho a coisa mais chata do mundo ter que cuidar de gente bêbada. Na maioria das vezes, sempre acontece de um "banana" ter que dar banho e colocar o bebezinho na cama afim de amenizar os efeitos do álcool provocados na pessoa. E se tem uma coisa que eu não faço nem que me paguem é tomar conta de pessoas que abusam disso: se bebeu, assuma com suas responsabilidades. Eu não vou me privar das minhas diversões pra poder cuidar de ninguém. E tem mais: não há coisa mais nojenta do que estar perto de quem bebe e de quem fuma. Uma coisa que eu sempre percebo muito nas pessoas, é o cheiro delas. Acho particularmente fundamental que a pessoa tenha um odor que adrade aos narizes alheios e não lhes causem repulsas. E tem coisa pior do que sentir o hálito alcoólico de uma pessoa ou de conviver com aquele cheiro abundante de fumaça que lhes restou. E o pior de tudo é que todo mundo perdeu a educação e o senso do ridículo: é extremamente irritante ter que chegar em casa com um cheiro de fumaça insuportável nas roupas e no cabelo. E o piór é que quem fuma não dá a mínima para quem está do seu lado. Uma coisa é certa: não beijo e nem me aproximo de homem nenhum que esteja sob o efeito de álcool ou cigarro. Tudo porque O CHEIRO ME INCOMODA!
Bom, mas voltando ao que interessa: não são o cigarro nem a bebida que me preocupam. Saio da escola, após um longo dia de estudois e de professores buzinando em minha orelha e dou de cara com um bando de adolescentes absurdamente jovens com um cigarro na boca. E pior: se acham verdadeiros malandrões por isso. E dá-lhe perfume e bala pra sustentar aquele "hálito refrescante" e "peles e roupas incrivelmente cheirosas". O pior de tudo é que: isso é apenas o começo.
Uma das principais razões por eu abominar drogas é uma expreiência que passo dentro de minha família, no qual outros familiares e amigos íntimos acabam que por conviver também. E esse membro é: meu tio.
Tudo começa com uma rodinha de cigarros, bebidas e baseados com amigos. E depois de tudo, aproxima-se a hora de consumir algo ainda mais alucinante. Algo que fascine. Ele entrou nessa furada quando tinha mais ou menos a minha idade. E conforme o tempo, as coisas foram se agravando.
Ele nunca tinha sido um protótipo de homem a ser jogado fora: era dono de uma beleza absurda. Loiro, olhos castanhos, 1,76m de altura, pele dourada e corpo atlético. Em seus tempos de glória, passaria por um australiano numa boa. Teve grandes oportunidades de constituir uma família maravilhosa: tinha uma namorada loira, rica e responsável que o amava. Namorou com ela durante anos, mas conseguiu deixar que ela lhe escapasse por suas experiências. Ela me disse, inclusive, que o amava mas que acima de tudo tinha amor próprio... E estava cansada de ter que passar a mão na cabeça dele o tempo todo. Em suma: o namoro terminou, ambos sofreram. Hoje em dia, ela tem um filho, e está mais feliz do que nunca com essa maternidade.
Uma coisa que sempre me corrói é ver uma família assim e saber que ela está ficando pra trás. Sua vida está sendo jogada pelo ralo todos os dias. E tudo para suprir uma vontade obsessiva: consumir crack.
Ele já trabalhou com o ramo imobiliário. Alugava flats e dava de cara com as pessoas mais bonitas da alta sociedade. Era um puta emprego, e o salário era o que muitos pais de família suavam pra sustentar a família. E ele largou tudo.
O desespero se torna cada vez maior a cada dia que passa. Internamos o indivíduo uma vez, em uma clínica. Mas como os pacientes deveriam estar lá por vontade própria, ele saiu. Durante meses, engordou quilos e provou por que estávamos certos sobre ele. Voltou para o emprego e parou de beber. Mas isso durou pouco...
Meses depois ele estava de volta, dando a mesma dor de cabeça pra todo mundo. Vendeu várias coisas dentro da casa da própria mãe, passou a mentir descaradamente e sofreu mudanças de personalidade que assustam a qualquer um.
O cúmulo foi quando vendeu os acessórios com os quais minha mãe trabalha. Custam muito caro e ela teria que levá-los para uma reunião com a empresa em que trabalha. Ela chorava tanto que soluçava. Não quer mais saber dele. É difícil conviver com essa decisão, mas acho que de alguma forma, um dia, essa dor o fará perceber o que ele está deixando para trás.

Eu não sou uma co0mpleta careta por ignorar toda essa alucinação. E o que eu penso de gente que se droga pra se divertir: são todos hipócritas. Patéticos. Não sabem o quanto isso afeta quem os ama.
E eu me amo muito pra me sucumbir a uma imbecilidade dessas.



E QUE TODO MUNDO EVITE A COCAÍNA E DÊ UM ALÔ PRA GERAÇÃO SAÚDE!!

Um comentário:

B. disse...

nossa, verdade
NADA pior do que alterar um bêbado
nunca fui um exemplo de pessoa saudável, mas ainda bem que sei os meus limites. hahaha
não li o resto, mas vou terminar
pra variar, tu escreveu um texto hahahaha

te amo pri