quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Orgulho de ser um neto

Nada como passar o dia inteiro fora de casa, tendo que enfrentar as preocupações diárias com trabalho e estudos, mais o trânsito caótica e diversas conturbações que ocorrem numa vida urbana, e voltar para a velha casa que sempre nos dá o apoio e os mimos que necessitamos.
Me diz: tem coisa mais gostosa do que encontrar carinho e conforto nos braços sábios e experientes de nossos avós? Como não se sentir bem sendo mimado, tendo atenção e amor?
Depois de ver inúmeras luzes dos carros e de me estressar no trânsito, cheguei àquela casa, fui direto para a cozinha tomar um gole de café e comer um pedaço de bolo de laranja caseiro. A senhora surgiu logo depois, sempre ativa e sorridente, me acompanhando. Sentou-se em uma de suas cadeiras e se pôs a conversar com a filha e com a neta. Qualquer tipo de assunto servia, e se estendia trazendo risadas e mais papos. Os minutos se passam, e logo ela convida: querem jantar? Rocambole caseiro salgado, arroz e feijão como nenhuma outra pessoa no mundo faz, salada, e até o brócolis (tipo assim, eu odeio brócolis, como posso gostar de comer o dela?). Ela espera a gente terminar de comer, sempre sorrindo a cada elogio que fazemos à sua comida de vó, aquela comida que só elas mesmas sabem fazer.
E depois, continuou a conversar, a rir de minhas piadas prontas e absurdas, e de todas as coisas inúteis e imbecis que eu falava. E sempre dava sábios conselhos, e passava uma paz absoluta só de sentar perto dela.
E, com uma tarde gostosa e reconfortante como essa, fui para casa mais calma e feliz.
E isso acontece sempre que eu a visito.


Onde foram parar os problemas mesmo?

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